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1.
Brasília; CONITEC; 2014. tab.
Non-conventional in Portuguese | LILACS, BRISA/RedTESA | ID: biblio-875300

ABSTRACT

CONTEXTO: A Síndrome Hipereosinofílica (SHE) é um grupo heterogêneo de doenças raras, definida por uma variedade de manifestações clínicas, como: presença persistente de eosinofilia no sangue periférico (≥1,5x109/L) por pelo menos 6 meses; ausência de uma causa secundária; e evidência de lesão em órgão alvo induzidas pela liberação de citocinas e fatores humorais dos grânulos eosinofílicos. A mutação genética mais encontrada é a fusão FIP1L1/PDGFRα. A taxa de incidência da SHE é de aproximadamente 0,035 por 100.000 pessoas-ano, já a incidência da fusão FIP1L1/ PDGFRα é em torno de 10-20% entre pacientes com hipereosinofilia idiopática. TRATAMENTO: O tratamento da SHE tenta limitar as lesões de órgãos controlando a contagem de eosinófilos e inclui prednisona, hidroxiuréia, interferon alfa e quimioterapia citotóxica. Na maioria dos casos, contudo, a doença é fatal. A TECNOLOGIA: O mesilato de imatinibe é um inibidor seletivo das proteínas tirosina quinase, incluindo o receptor alfa do fator de crescimento derivado de plaqueta (PDGFRα). O medicamento liga-se competitivamente ao receptor dependente de ATP e inibe a fosforilação da tirosina quinase. EVIDÊNCIAS CIENTÍFICAS: A evidência atualmente disponível sobre eficácia e segurança do mesilato de imatinibe para tratamento da SHE é baseada em um estudo experimental Fase II, duas séries de casos e um relato de casos. O estudo Fase II, com o melhor nível de evidência, foi realizado com 16 pacientes com a mutação FIP1L1/PDGFRα, com dose inicial diária de 100mg. Ao final do estudo, houve resposta hematológica completa em 100% dos casos em um tempo mediano de 0,8 meses (0,2-3,3) e resposta molecular completa em 75% dos pacientes (n=12) em 6 meses. O estudo demonstrou toxicidade hematológica em 31% dos pacientes e ocorreu durante as primeiras 4-6 semanas. CONSIDERAÇÕES FINAIS: A evidência atualmente disponível sobre eficácia e segurança do Mesilato de Imatinibe para tratamento da Sindrome Hipereosinofílica com a mutação FIP1L1/PDGFRα é baseada em estudos com baixa qualidade metodológica. Apesar disso, o benefício clínico demonstrado é aceitável, além do fato de ser uma doença rara, sem protocolo clínico estabelecido no SUS. O impacto orçamentário é relativamente baixo, tendo em vista o pequeno número de pacientes que possuem a doença. DELIBERAÇÃO FINAL: PORTARIA Nº 39, de 6 de outubro de 2014 - Torna pública a decisão de incorporar o mesilato de imatinibe para o tratamento da síndrome hipereosinfílica no Sistema Único de Saúde - SUS.


Subject(s)
Humans , Hypereosinophilic Syndrome/drug therapy , Imatinib Mesylate/administration & dosage , Unified Health System , Brazil , Cost-Benefit Analysis/economics
2.
s.l; CONITEC; [2013]. tab.
Non-conventional in Portuguese | LILACS, BRISA/RedTESA | ID: biblio-875343

ABSTRACT

INTRODUÇÃO: Os tumores do estroma gastrointestinal ("gastrointestinal stromal tumors" ­ GIST) são neoplasias raras, tipicamente subepiteliais. Compreendem vários subtipos molecularmente distintos de sarcomas que coletivamente representam os tumores mesenquimais mais comuns do trato gastrointestinal. Afetam, em 75% dos casos, o estômago e o intestino delgado proximal, mas podem ocorrer em qualquer parte do trato digestivo, como cólon e reto e apêndice. Os GIST extra-gastrointestinais são raros e podem se originar no omento, mesentério ou retroperitôneo. Os GIST ocorrem em ambos os sexos e em qualquer faixa etária; entretanto, mais comumente afetam pessoas acima de 40-50 anos, com média de idade ao diagnóstico de 58-63 anos. Esses tumores correspondem a aproximadamente 1% das neoplasias primárias do trato digestivo, e se estima que a incidência anual seja de 7 a 20 casos por milhão de pessoas. Em faixas etárias mais jovens, estima-se que a incidência seja de 0,06 a cada 100.000 pessoas entre 20-29 anos e 0,02 por milhão de crianças menores de 14 anos. TRATAMENTO: O GIST é raro em crianças e adultos jovens (1,4%). Na falta de estudos prospectivos e, portanto, de um consenso quanto ao tratamento padrão, a conduta em caso GIST pediátrico deve ser feita por uma equipe multidisciplinar em serviços especializados em oncologia pediátrica. As opções terapêuticas descritas para o GIST no adulto envolvem a ressecção cirúrgica, a radioterapia e a utilização de inibidor da tirosinoquinase, o mesilato de imatinibe. As opções de tratamento variam de acordo com o estadiamento da doença ao diagnóstico e os grupos prognósticos. METODOLOGIA DE BUSCA E AVALIAÇÃO DE LITERATURA: Para revisão da literatura foram utilizadas as bases de dados Medline/Pubmed e Embase em 02/04/213. No Medline/Pubmed foi utilizada a seguinte estratégia: termos "Gastrointestinal Stromal Tumors"[Mesh]; Limites Humans, Meta-Analysis, Randomized Controlled Trial, Clinical Trial, Phase III, Systematic Reviews resultando em 110 artigos. No Embase foi utilizada a seguinte estratégia: termos 'gastrointestinal stromal tumors'/exp AND 'therapy'/exp AND [meta analysis]/lim OR [randomized controlled trial]/lim OR [systematic review]/lim) AND ([english]/lim OR [portuguese]/lim OR [spanish]/lim) AND [humans]/lim AND [embase]/lim, resultando em 159 artigos. Primeiramente foram selecionadas meta-análises e revisões sistemáticas relativas a opções de tratamento do tumor do estroma gastrointestinal, excluindo artigos não relacionados ao assunto e estudos cujos desfechos não tivessem relevância clínica. Após, foram selecionados os estudos de fase III publicados após as meta-análises e revisões sistemáticas selecionadas. Foi utilizada ainda a base de dados UpToDate 2013, com o termo GIST, e diretrizes clínicas de sociedades internacionais de especialistas. RECOMENDAÇÃO DA CONITEC: Os membros da CONITEC presentes na 22ª reunião ordinária do plenário do dia 06/02/2014 recomendaram a incorporação do mesilato de imatinibe para a quimioterapia adjuvante do tumor do estroma gastrointestinal (GIST). DECISÃO: PORTARIA Nº 27, de 4 de julho de 2014 - Torna pública a decisão de incorporar o mesilato de imatinibe para quimioterapia adjuvante do tumor do estroma gastrointestinal no Sistema Único de Saúde - SUS.


Subject(s)
Humans , Chemotherapy, Adjuvant , Gastrointestinal Stromal Tumors/drug therapy , Imatinib Mesylate/administration & dosage , Unified Health System , Brazil , Treatment Outcome , Cost-Benefit Analysis
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